quinta-feira, 21 de junho de 2012

O dinheiro na minha vida

Hoje vou falar um pouco sobre a questão do dinheiro na minha vida, prontos? Vamos lá!!

Meus pais vieram de origem humilde, mas sempre ralaram pra caramba e conseguiram alguma ascensão nesta vida. Eles tiveram dois filhos, o primogênito (no caso EU) e minha irmã.
Quando eu nasci (metade da década de 80), meu pai era funcionário de uma empresa multinacional. Ele sempre ganhou muito bem para a média do mercado de trabalho, só tinha um "pequeno problema" com meu velho: ele não tinha a menor noção de educação financeira! Imagine o que é gastar simplesmente TUDO O QUE SE GANHA e ainda pedir emprestado pra agiota? Apocalipse financeiro!

A vida ia seguindo razoavelmente, no entanto, antes da metade dos anos 90 meu pai foi DEMITIDO!! Agora imagine o que é um cara entre os 35 ~ 40 com dois filhos pra criar, sem emprego, com uma companheira que ganhava um salário de fome e alie a isso uma alta inflação: AÍ MEU AMIGO, A COISA COMPLICA DE VERDADE! Eu lembro que nessa época nós estudávamos numa escola particular boa e tal, e tivemos de ir para uma de qualidade bem inferior. Os parentes ajudavam finaceiramente com o que podiam, mas era complicado!!

Até que meu pai conseguiu um emprego novamente mas agora no mesmo nível do da minha mãe, ou seja, vida de dificuldade dali em diante. Sabe o que é viver com o basicão, fazendo sacrifícios? Pois assim era a minha vida. Criança é apaixonada por brinquedos, video-games, essas coisas não é? Eu lembro que sempre que meus pais conseguiam comprar algum pra mim, ele já estava defasado pra caramba isso quando eu não recebia algum doado pelos meus primos abastados (kkkk agora lembrei do Pobretão em seu blog - pois é pobreta eu sei como é!!). Mas, o tempo passa e com todo o sacrifício que uma família classe C faz para sobreviver, meu pai acabou aprendendo da forma mais amarga a ter algum controle/planejamento financeiro. Graças aos esforços dos meus pais, eles conseguiram fazer com que estudássemos em colégios particulares e ingressássemos em uma universidade pública.

O que acho mais proveitoso dessa "odisséia existencial financeira" é que no fim das contas a vida de sacrifício acabou imprimindo uma característica muito interessante na minha personalidade - o do controle financeiro pois, sempre foi muito difícil ganhar dinheiro acabei aprendendo a dar valor ao mesmo. Enquanto na infância ou mesmo na época de faculdade vi inúmeros amigos em uma vida de ostentação e gastança além de suas posses eu aceitava uma vida mais frugal, vivendo dentro do limite. Isso me lembra agora um amigo da faculdade, o cara a cada trimestre trocava de celular, vivia trocando de carro (e os carros novinhos ainda) - depois fui saber que na casa dele a vida era de ostentação mas a base de empréstimos de agiotas e quando éramos recém-formados ele me convidou para entrar em uma sociedade, já pensou? Estaria em uma má situação agora se o tivesse feito pois hoje ele está no mesmo caminho do pai, na mão de agiotas!

Em 2004, quando eu estava no último ano de faculdade eu consegui ganhar uma vaga de monitor remunerado (à época R$ 150,00/mês) e o que eu fiz com essa grana? Torrei tudo para dar vazão à uma eventual ânsia consumista que sempre houvera reprimido pela falta de grana? NÃO! Comecei a juntar na poupança!! Mas você deve estar aí bradando: "- Poxa, poupança?" contudo eu creio que foi algo muito louvável para alguém como eu, que teve uma vida como descrita anteriormente.

No ano seguinte, em 2005, eu comecei a trabalhar. O salário era uma porcaria, mas eu sempre dava um jeito de guardar algo na poupança e claro, de ajudar em casa também!! Nesse ritmo minha poupança ia aumentando mês a mês.

Eis que em 2008 eu prestei um concurso público e fui aprovado! O salário já era melhorzinho e o que fiz? Saí de casa e fui morar sozinho pra dar vazão a sonhos luxuriosos de fornicações inveteradas? NÃO! Continuei a morar com meus pais, ajudando com uma grana em casa mas também aumentando meus aportes.

Em dezembro de 2009, eu fui fazer uma reflexão: "- Poxa, já tenho uma grana considerável na poupança e essa porcaria só me rende aproximadamente R$ 130,00? Isso não está certo!!". Como que por iluminação divina o sopro dos ventos do investimento começaram a arejar minha mente. Decidi passar de poupador a investidor. Comecei a ler blogs de investimento e comprei uns livros (bem de iniciante mesmo):



Por volta de abril de 2010 comecei a escolher uma corretora para operar. Enviei os documentos para  Spinelli, mas pensem como foi uma burocracia sem precedentes. Eles sempre rejeitavam algum dos comprovantes de residência (IPTU, conta de água). Acabei cansando de perder o meu tempo e em junho de 2010 fiz meu cadastro em outra corretora, o qual foi super descomplicado e rápido! Lembram da minha poupança né? A essa época eu já tinha alguma noção por todas as leituras que fiz e transformei-a num colchão de segurança decidindo não mais colocar NADA na mesma (exceto em caso de liquidação total) e os novos aportes que anteriormente iam para poupança, todo mês destino novo: a conta investimento da corretora. De lá pra cá já são quase dois anos, mas isso é assunto para um próximo post! Hehehe.

Vem aí o: "Kabura way of invest" ;D


See ya

2 comentários:

  1. Oi Kabura!!
    Qual corretora você escolheu? Estou estudando o mercado para começar a investir e enfrentei a mesma dificuldade na Spinelli!!!

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  2. Então...acabei optando pela Linktrade (à época, hoje em dia é a Octo). Até um tempo atrás ela tinha um bom plano (isenção de custódia em decorrência de uma operação por mês) agora há que se fazer duas operações por mês para ganhar a isenção (o que certamente aumentou os custos mas ainda não coloquei na ponta do lápis para saber quanto onerou!!)

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